Andre de Barros Faria explica como certificações no mercado de carbono elevam a inovação e fortalecem a competitividade das empresas brasileiras.

Mercado de carbono no Brasil: Como as certificações impulsionam inovação e competitividade?

Mayer Fischer
By Mayer Fischer

O avanço do mercado de carbono abriu novas oportunidades para empresas brasileiras, expõe o CEO da Vert Analytics, Andre de Barros Faria, especialista em tecnologia e com experiência consolidada em soluções que transformam negócios e serviços públicos. Entender como funcionam as certificações é fundamental para gerar inovação e vantagem competitiva, isso porque, as organizações que adotarem práticas sustentáveis e mensuráveis poderão acessar novos mercados, reduzir riscos e fortalecer sua reputação.

Nos últimos anos, o país deu passos importantes ao estruturar modelos de verificação mais confiáveis, incluindo a criação de certificadoras nacionais que trazem mais transparência e credibilidade às operações. Essa evolução fortalece tanto o mercado voluntário quanto o regulado, permitindo que empresas monetizem ações de redução de emissões ou de conservação ambiental. Esse cenário também aproxima o Brasil de padrões internacionais, abrindo portas para investidores e parceiros estrangeiros.

Mas como elas podem impulsionar mais ainda as inovações e qual seu papel na competitividade do mercado? Venha compreender isso e muito mais no artigo a seguir.

Por que certificações fortalecem o mercado de carbono

Certificações de carbono funcionam como garantias de que determinada ação de redução ou remoção de emissões foi realizada de forma real, verificável e permanente. Conforme apresenta Andre Faria, sem esse processo não há confiança suficiente para que créditos de carbono sejam comercializados com segurança. A existência de auditorias, metodologias reconhecidas e mecanismos de rastreabilidade protege o mercado contra fraudes e aumenta a credibilidade dos projetos.

Além disso, certificações permitem que empresas demonstrem compromisso ambiental com dados concretos. Isso inclui desde inventários de emissões até monitoramento de áreas conservadas ou reflorestadas, essa transparência torna os créditos mais valiosos, fortalece a governança e facilita o acesso a investidores que já exigem métricas robustas de ESG.

Como funciona a geração de créditos certificados

O processo de geração de créditos envolve diferentes etapas, desde a elaboração do projeto até a verificação final. Portanto, empresas que desejam ingressar no mercado de carbono precisam planejar cada fase com rigor técnico e evidências consistentes. Projetos podem incluir reflorestamento, energias renováveis, manejo sustentável, captura de carbono e eficiência energética, todos avaliados com metodologias reconhecidas.

A diferença entre mercado voluntário e regulado também influencia o tipo de certificação adotada. Enquanto o mercado voluntário permite maior flexibilidade e inovação, o regulamento segue normas obrigatórias, geralmente definidas por políticas públicas nacionais. Segundo Andre Faria, o Brasil está avançando para criar um arcabouço regulatório mais robusto, alinhado a padrões globais.

Vantagens competitivas para empresas que adotam certificações

Alguns dos principais benefícios das certificações para empresas incluem:

  • Acesso a novos mercados, incluindo compradores internacionais que exigem créditos certificados.

  • Redução de riscos regulatórios, ao antecipar normas ambientais que se tornarão obrigatórias.

  • Fortalecimento da reputação, mostrando compromisso real com sustentabilidade.

  • Melhoria da eficiência operacional, com redução de desperdícios e adoção de tecnologias limpas.

  • Possibilidade de monetizar ações sustentáveis, gerando novas receitas com créditos de carbono.

  • Atratividade para investidores, que buscam empresas com práticas ambientais consistentes.
No cenário nacional, Andre de Barros Faria mostra por que as certificações de carbono são o motor que impulsiona novos modelos sustentáveis e eficientes.
No cenário nacional, Andre de Barros Faria mostra por que as certificações de carbono são o motor que impulsiona novos modelos sustentáveis e eficientes.

Conforme destaca Andre de Barros Faria, essas vantagens tornam o mercado de carbono um instrumento estratégico, não apenas ambiental, mas econômico.

Desafios para ampliar o mercado de carbono no país

Apesar do potencial, o Brasil enfrenta desafios para consolidar o mercado de carbono. Entre eles estão a necessidade de padronização de metodologias, melhoria da governança e ampliação da qualidade dos dados ambientais. Andre de Barros Faria elucida que é essencial que empresas invistam em monitoramento contínuo, tecnologia e transparência para garantir confiabilidade nos resultados.

O país também precisa avançar em políticas públicas que incentivem inovação, reduzam burocracias e estimulem projetos em regiões de grande potencial, como as áreas degradadas que podem ser restauradas. Esse movimento exige integração entre governo, setor privado e instituições financeiras, especialmente aquelas envolvidas em certificações nacionais que ganharam destaque recentemente.

O Brasil preparado para liderar a economia verde

O mercado de carbono coloca o Brasil em posição estratégica na economia global, graças à sua biodiversidade, capacidade produtiva e potencial de conservação ambiental. Empresas que se estruturarem agora estarão à frente na transição para modelos de baixo carbono, ganhando competitividade e contribuindo para metas climáticas globais.

Para 2026, a expectativa é que o país avance com regulamentações mais claras, fortalecimento das certificações e maior integração entre sustentabilidade e inovação. Conforme frisa Andre de Barros Faria, essa é uma oportunidade única para alinhar crescimento econômico e responsabilidade ambiental, criando valor para empresas, comunidades e para o planeta.

Autor: Mayer Fischer

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